Sabemos que na maioria dos casos de violência sexual o abusador é homem. No entanto, também há casos de abuso sexual de crianças perpretados por mulheres, nomeadamente por parte de mães. Por este motivo, o dia da mãe pode ser um dia complicado e doloroso para os sobreviventes de violência sexual.
Como acontece nos casos quando o pai abusa sexualmente do filho, para um menino ou rapaz vitimado esta é uma experiência bastante complexa, dolorosa e confusa. Quando a progenitora é quem abusa, pode existir uma dualidade de papéis difícil de gerir para a criança. Por um lado, a mãe é uma figura de referência que deve proteger e cuidar da criança, por outro, é a abusadora que provoca dor, medo, desconforto, entre várias outras consequências.
Tal como o dia do pai, a celebração coletiva da ideia de uma pessoa cuidadora, pode gerar sofrimento e/ou intensificar a dor que sentem. Assim, o dia da mãe, pode ser uma data extremamente difícil de gerir para alguns sobreviventes. A invisibilidade deste tipo de casos, contribui para que os homens, que foram abusados sexualmente pela mãe na infância, se sintam isolados ou acreditem terem sido um caso único e atípico. Como consequência, pode promover a manutenção do silêncio por mais tempo, bem como afetar a gestão do impacto do abuso.
Se for este o seu caso, queremos que saiba que não está sozinho. Se sentir dificuldades em gerir o dia da mãe e/ou alguns eventos familiares, contacte-nos. Nós podemos ajudá-lo a ultrapassar o impacto que o abuso teve na sua vida. Os nossos serviços de apoio são gratuitos e confidenciais.